22/07/2017

Post #18 - E aí, Qual é a boa do fim de semana?

Quando chega o fim de semana eu tenho uma forte tendência em assumir o papel de princesa. Deixa eu explicar. Eu, no meu mundo encantado, acreditando que vou receber um convite caído do céu para um programa romântico com alguém interessante. 
Desde os meus 15 anos eu sonho acordado com um amor. Sou MUITO carente, atualmente eu penso nisso pelo menos uma vez por dia. A minha sorte é que minha carência não é maior do que o fato de eu ser seletivo, senão eu seria mais uma daquelas que pessoas que namoram com qualquer um idiota somente para não ficarem sozinhas. Infelizmente eu conheço muita gente cujo o lema é "Antes mal acompanhado do que só". Como eu vejo amigos que aceitam defeitos imperdoáveis em seus parceiros somente porque não conseguem ficar sozinhos. 
Eu procuro ser muito honesto comigo mesmo. Demonstro isso ao admitir coisas em mim de que eu não tenho nenhum orgulho, como ser carente e o fato de sonhar com o meu reino encantado quando se trata da minha vida amorosa. 
Na lista das minhas confissões do dia tem mais uma coisa a dizer. Vou admitir que preciso que o outro me dê segurança com as suas palavras e ações. É por isso que eu não consigo conviver com pessoas incoerentes com palavras e atitudes, prometem mas não cumprem, falam uma coisa e fazem outra e etc. Cheguei a conclusão que esse tipo de comportamento nos outros me incomoda porque eu não sei o que eu posso esperar da pessoa. Não saber o que esperar do outro é horrível. Por exemplo: Se um determinado amigo é instável, que muda de opinião várias vezes, então eu já sei que NÃO posso contar com ele para coisas mais sérias. Continua a amizade, sem esperar muita coisa em troca. Agora como namorar alguém que some por dias e depois reaparece, que deixa dúvidas, que não responde, que não sabe o que quer, que vai dizer algo como "deixa rolar"? Não tenho estrutura emocional pra deixar rolar.
Eu acho que esse é o lance. Ninguém precisa ser perfeito pra mim, ninguém precisa ser do jeito que eu espero que seja, apenas precisa se comunicar bem sobre o que realmente é e o que realmente quer. 
Agora falando do mundo líquido em que vivemos, de que as coisas não são duradouras, de que tudo vem e vai mais rápido, neste mundo ninguém esta dando essa segurança pra NINGUÉM. E agora?
Sim, eu sei que isso é errado querer ter controle sobre as situações da vida. É impossível.
Na teria do mundo líquido, quando alguém quebra um celular, em vez de conserta-lo se compra um novo. Nas relações entre as pessoas acontece a mesma coisa, quando pessoas não entendem algo no outro, não concordam com algo no outro, entram em desacordo, em vez de tentar consertar a situação com um dialogo ou fazendo alguma concessão, trocam de pessoa como trocam seus celulares quebrados. 
Será que eu já fui assim? Devo ter sido pelo menos alguma vez na vida. Não posso reproduzir a atitude que eu reprovo. Vou prestar atenção na forma com que eu me relaciono com as pessoas. 
Prefiro estar no comando para não me machucar, gosto de conduzir as coisas para não se frustrar. Só que existe um conflito entre a pessoa que gosta deste controle com a pessoa que assume o papel de princesa. Princesas estão no controle ou estão sempre dependendo da atitude do principe encantado? Essa é uma pergunta retórica.
Então eu decidi ser mais príncipe, tomar mais atitude, correr atrás do que eu quero. No fundo, a princesa esta lá, adormecida, mas agora tem um principe sempre atuando num plano B. Atuando numa saída para lidar melhor com as frustrações.
E aí, qual é a boa do fim de semana? Sou eu mesmo que tenho que saber.

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