24/01/2017

Post #13 - Minha estranha loucura

Hoje notei algo em mim que me deixou um pouco surpreso. Notei que quando estou fazendo alguma coisa num lugar público, por exemplo um exercício numa academia de musculação em horário de pico, fico olhando as pessoas pra ver se eu estou sendo olhado. Fico pensando - o que será que esta pessoa esta pensando de mim neste momento? 

Fico preocupado com o que estranhos pensam ao meu respeito.

Não dizem que "De louco todo mundo tem um pouco"? Essa é uma das minhas loucuras.

Post #12 - Quero falar mais sobre a minha Zona de conforto

Ao pesquisar pelo termo, encontrei essa definição.

Zona de conforto é uma série de ações, pensamentos e comportamentos que uma pessoa está acostumada a ter e que não a causam nenhum tipo de medo, ansiedade ou risco. É uma região onde nenhum indivíduo se sente ameaçado.

Com essa definição, é possível entender o motivo pelo qual as pessoas se acomodam tanto em suas zonas de conforto. Um lugar onde não existe tipos de medo, ansiedade, risco, ameaças, parece mais um bom lugar pra se viver tranquilo e feliz.

Só que nem sempre a zona de conforto significa um lugar onde a pessoa esta numa boa.

Outro dia estava assistindo uma palestra ministrada pelo historiador brasileiro Leandro Karnal onde ele narra uma passagem interessante sobre o tema. Certa vez na faculdade sua orientadora contou que na década de 60 militou num partido de extrema esquerda, foi presa e torturada. Durante três dias o torturador deu choques, tapas até que no quarto dia surgiu um novo torturador. Ela disse que teve o maior medo da vida dela porque ela não sabia o que o outro faria. 
Como conclusão é possível notar que um indivíduo é capaz de se acostumar até com torturador, até com quem incomoda, até com o desconfortável. Até torturador cria zona de conforto.

Eu fico pensando em quanto tempo estive preso a uma empresa, onde estava submetido a um salário muito abaixo do que eu considero merecedor de receber, apenas por medo de tentar um desafio maior em um lugar novo. Fico pensando quantas vezes eu deixei de conhecer uma pessoa nova e preferi sair com um Ex, depois de um relacionamento que chegou ao fim por conta de incompatibilidade de gênios e objetivos, somente porque eu o conhecia bem e sabia lidar com os seus defeitos. Quando comecei a enxergar quanta coisa eu deixava de fazer pelo receio de enfrentar um novo desafio, poupar um possível estresse, evitar um possível desgaste emocional. Que expectativa pessimista essa de considerar que o novo pode ser pior somente porque este é desconhecido!

Eu consigo me entender e me perdoar por isso. Já levei muita porrada da vida. Levar porrada dói. Chega uma hora que a gente cansa de apanhar e dá um basta. Se protege. Tenta manter as coisas sob controle.

Até que ponto conseguimos manter o controle sob nossas vidas?

Estou aprendendo que estando mais preparado para uma situação provavelmente terei mais sucesso, mas nunca uma garantia de que nunca irei falhar. Nunca aceitei falhar.

Antes de iniciar esse texto, quando estava buscando a definição de zona de conforto, encontrei uma matéria que enumera quatro passos para se livrar dela. O primeiro passo é "Não se importar com o que os outros pensam de você". Touché! Essa premissa é uma grande candidata a ser a causa raiz da minha zona de conforto. Se eu continuei na mesma empresa por anos, foi por medo de não dar conta de um desafio maior e não atender as expectativas da nova empresa. Se eu não sai com uma nova pessoa e preferi a "velha" pessoa foi por medo de não atender a uma expectativa e ser duramente criticado e rejeitado. Se apanhei demais, foi porque eu não dei o que esperavam de mim. Eu não imaginava como a crítica alheia ainda exercia um poder sobre minha vida que achei que tava completamente superado. 

Fiquei magoado várias vezes com a crítica.

Ouvindo um programa de rádio da psicóloga Cristina Cairo no qual foi dada uma definição muito interessante sobre o sentimento de mágoa. A mágoa pode ser considerada um disfarce para um rancor/raiva que a pessoa sente porque "as coisas não foram do jeito que ela esperava" ou que "não foi dado aquilo que ela queria" ou até que "foi tirado algo ou alguém que ela queria demais". Analisando dessa forma parece que quem sente mágoa é uma pessoa mimada, acha que o mundo gira ao seu redor, não sabe lidar com as frustrações e perdas. 
Será que eu sou essa pessoa? Se sim, não me orgulharia nenhum pouco possuir essa característica tão imatura.


Seria bom se eu perdesse esses medos para viver melhor.

23/01/2017

Post #11 - Gaiola de idéias

Lendo esses dias encontrei um texto que se encaixa perfeitamente com a idéia deste blog. Trata-se de um texto de Rubem Alves do livro Ostra Feliz Não Faz Pérola. Segue.

Quando uma idéia boa me chegava eu a prendia na minha “gaiola de prender idéias”, um caderninho, na esperança de um dia transformá-la num artigo. Mas a quantidade de idéias que eu colocava na gaiola de prender idéias era muito maior que minha capacidade de escrever. Elas nunca iriam se transformar em literatura. Seriam condenadas ao esquecimento. Fiquei com dó delas. Resolvi então tirá-las da gaiola e soltá-las aos quatro ventos. Estão aí, neste blog.

Post #10 - Zona de conforto

Esse post é apenas para responder todas as questões referente a publicação anterior.